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segunda-feira, outubro 24, 2005

A única

Ele te ameaça e você fica enlouquecida, ele demora e você já acha que ele está com outra, sabe que ele não tem ninguém ainda, até ontem, mas hoje já o imagina beijando uma qualquer no bar e dali para um motel vagabundo, você começa a imaginar coisas e pessoas, lembra de nomes antigos e fica se consumindo em pequenos detalhes, sorrisos oferecidos sem motivo, delicadezas momentâneas sem necessidade, começa a valorizar figuras que nunca passariam pela cabeça dele menos ainda pelo corpo. É a sina da mulher ciumenta, você não pode controlá-lo, fica fuçando agendas velhas em busca de destaques, mas nada se destaca a não ser você, você não quer acreditar que é a única, assim não tem graça, assim não faz sentido, ele nunca foi a exceção nesse assunto. Você fica na janela esperando o ruído do motor do carro envolta em muitas lembranças, a bandeja com queijos e champanhe largada no chão da sala. Você volta a ser a adolescente que levantava o fone do gancho a cada cinco minutos para ver se o aparelho estava mesmo funcionando, você tem vontade de arrumar as coisas e ir embora mas espera, sempre espera, porque ele sempre volta, sozinho e meio bêbado, cheio de vontade de você.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Talvez esse seja o caso da exceção.

8:59 AM  

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