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quinta-feira, janeiro 13, 2005

Louco amor

O encontro foi previsível, vocês se admiravam e pessoalmente se encantaram um com o outro, a conversa foi mágica, a noite ficou subitamente extraordinária. No dia seguinte, tomando café, você fez a pergunta típica, você é casado, ele riu, não é por nada, você continuou, só quero ver onde estou pisando. Foi o que você disse, mas na verdade pensou, quero saber se é para eu me apaixonar ou para ir embora depois do banho. Ele disse sim, sou casado, mas não deixo de viver nada do que vem para mim, a vida é muito curta. Você lembrou que ele era um hippie fora do seu tempo, combinava com essas teorias de amor livre casamento aberto e tudo o mais já visto e passado. E a sua mulher, você perguntou, também vive tudo o que vem para ela, quer dizer, você não se importa. Você estava desconfiada, aquele papo era para comer uma mulher já escolada como você sem que você se sentisse muito enrolada. Então ele respondeu, nós temos o mesmo sobrenome, o mesmo endereço e os mesmos filhos, mas a conta bancária, o carro, os sentimentos, cada um tem os seus. Você gostou do que ouviu, já eram dez da manhã, o sol brilhava como nunca.